quinta-feira, 29 de novembro de 2012

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Na nossa estante

Literatura Juvenil
A princesa que enganou a morte e outros contos

A coleção Contos Mágicos resgata para o jovem contos tradicionais de antigas civilizações, desvendando o imaginário literário, ensinamentos e personagens próprios de diferentes povos e culturas. Em narrativas carregadas de magia, o leitor observa códigos de ética e de disciplina que espelham a memória e a diversidade do homem e do mundo. Os contos tradicionais revelam heranças culturais coletivas baseadas nas vivências humanas. De conteúdo mágico, revivem lendas, mitos e fábulas que desvendam nossos sentimentos mais profundos, sejam eles de amor, ciúme, rivalidade, rejeição, além do difícil enfrentamento com a dor e com a morte, verdadeiros ritos de passagem que nos transformam e amadurecem. Grandes emoções são experimentadas nestas histórias que representam simbolicamente o bem e o mal e expõem os dilemas humanos na sua forma mais essencial, levando o leitor a identificar seus próprios sentimentos e a encontrar significados que serão úteis na sua vida pessoal.



Literatura Inglesa
A menina que roubava livros

Ao perceber que a pequena Liesel Meminger, uma ladra de livros, lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. A mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler. Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta, Liesel canaliza urgências para a literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade. A vida ao redor é a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela História.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

20 de novembro - Dia da Consciência Negra

Zumbi


Zumbi foi o grande líder do quilombo dos Palmares, respeitado herói da resistência antiescravagista. Pesquisas e estudos indicam que nasceu em 1655, sendo descendente de guerreiros angolanos. Em um dos povoados do quilombo, foi capturado quando garoto por soldados e entregue ao padre Antonio Melo, de Porto Calvo. Criado e educado por este padre, o futuro líder do Quilombo dos Palmares já tinha apreciável noção de Português e Latim aos 12 anos de idade, sendo batizado com o nome de Francisco. Padre Antônio Melo escreveu várias cartas a um amigo, exaltando a inteligência de Zumbi (Francisco). Em 1670, com quinze anos, Zumbi fugiu e voltou para o Quilombo. Tornou-se um dos líderes mais famosos de Palmares. "Zumbi" significa: a força do espírito presente. Baluarte da luta negra contra a escravidão, Zumbi foi o último chefe do Quilombo dos Palmares.
O nome Palmares foi dado pelos portugueses, em razão do grande número de palmeiras encontradas na região da Serra da Barriga, ao sul da capitania de Pernambuco, hoje, estado de Alagoas. Os que lá viviam chamavam o quilombo de Angola Janga (Angola Pequena). Palmares constituiu-se como abrigo não só de negros, mas também de brancos pobres, índios e mestiços extorquidos pelo colonizador. Os quilombos, que na língua banto significam "povoação", funcionavam como núcleos habitacionais e comerciais, além de local de resistência à escravidão, já que abrigavam escravos fugidos de fazendas. No Brasil, o mais famoso deles foi Palmares.
O Quilombo dos Palmares existiu por um período de quase cem anos, entre 1600 e 1695. No Quilombo de Palmares (o maior em extensão), viviam cerca de vinte mil habitantes. Nos engenhos e senzalas, Palmares era parecido com a Terra Prometida, e Zumbi, era tido como eterno e imortal, e era reconhecido como um protetor leal e corajoso. Zumbi era um extraordinário e talentoso dirigente militar. Explorava com inteligência as peculiaridades da região. No Quilombo de Palmares plantavam-se frutas, milho, mandioca, feijão, cana, legumes, batatas. Em meados do século XVII, calculavam-se cerca de onze povoados. A capital era Macaco, na Serra da Barriga.
A Domingos Jorge Velho, um bandeirante paulista, vulto de triste lembrança da história do Brasil, foi atribuído a tarefa de destruir Palmares. Para o domínio colonial, aniquilar Palmares era mais que um imperativo atribuído, era uma questão de honra. Em 1694, com uma legião de 9.000 homens, armados com canhões, Domingos Jorge Velho começou a empreitada que levaria à derrota de Macaco, principal povoado de Palmares. Segundo Paiva de Oliveira, Zumbi foi localizado no dia 20 de novembro de 1695, vítima da traição de Antônio Soares. “O corpo perfurado por balas e punhaladas foi levado a Porto Calvo. A sua cabeça foi decepada e remetida para Recife onde, foi coberta por sal fino e espetada em um poste até ser consumida pelo tempo”.
O Quilombo dos Palmares foi defendido no século XVII durante anos por Zumbi contra as expedições militares que pretendiam trazer os negros fugidos novamente para a escravidão. O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.
A lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluiu o dia 20 de novembro no calendário escolar, data em que comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra. A mesma lei também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Nas escolas as aulas sobre os temas: História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, propiciarão o resgate das contribuições dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país.

Fonte: Brasil Escola

Romance... aos pedaços... Ana Terra


domingo, 11 de novembro de 2012

Dica de leitura - Festa de criança

A Coleção Para Gostar de Ler Junior apresenta coletâneas de textos curtos que introduzem o leitor iniciante ao fascinante mundo da leitura. Esse volume traz textos de Luis Fernando Veríssmo, todos com muito bom humor e simplicidade mostram que a vida é uma festa!!! 
Essa é a nossa indicação dessa semana, a biblioteca conta com dois exemplares. Diversão garantida!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Experiência


"Os homens e suas experiências: obrigar um pobre macaquinho a se decidir entre uma coisa e outra... E você, se tivesse de escolher entre a tv e um livro, o que faria?"

Experiência
Uma vez fizeram uma experiência. Criaram um macaco dentro de uma jaula com dois bonecos que substituíam a mãe dele. Um era um boneco duro e frio, mas que lhe dava leite. O outro não dava leite, mas era quente e acolchoado com costumam ser as mães. Então assustavam o macaquinho para ver se ele corria para a mãe que o alimentava ou para a mãe que lhe dava colo. E ele invariavalmente corria para a mãe aconchegante. Acho que uma experiência parecida poderia ser feita não com macacos, mas com crianças, e não com mães mecânicas, mas com um livro e uma televisão. Uma experiência hipotética, claro; longe de mim sugerir que se coloquem crianças em jaulas para assustá-las e testar suas reações. O que equivaleria à mãe que alimenta mas não dá calor, o livro ou a televisão? Como ainda sou parcial a Gutenberg¹, gosto de pensar que uma criança pode receber tudo o que precisa da televisão, mas que nada substitui o prazer tátil, o calor de um livro, e que sua relação com a informação impressa sempre será mais humana e atraente. Mas tenho a impressão que de que a experiência me decepcionaria. Provocada a procurar a informação pelo meio que mais lhe da prazer ou segurança, uma criança moderna a princípio me encheria de esperança dirigindo-se para um livro. Mas em seguida me desiludiria. Carregaria o livro até a frente da televisão e o usaria como um degrau para alcançar o botão da TV.

¹Johannes Gensfleish Gutenberg (1937-1468), inventor alemão, criador de um sistema de imprensa que possibilitou a reprodução dos livros em maior quantidade.

Luis Fernando Veríssimo, in Festa de criança

Texto retirado do livro Festa de criança, da coleção Para Gostar de Ler Junior
Foto retirada daqui!